segunda-feira, setembro 27, 2004

AS DECLARAÇÕES DE PINTO DA COSTA PROVOCAM COMICHÕES

No tempo das outras senhoras, Salazar e Caetano tentaram incutir o gosto pelo futebol ao Povo Português, não por ser o desporto rei, mas porque era prioritário tirar a contestação ao regime das ruas. Assim a melhor forma era apresentar ao Povo uma equipa que sendo por si protegida, apareciam sempre como salvadores da Pátria e olhando para as bancadas VIP, na altura não se empregava esta palavra, viam-se pessoas afectas ao governo ditatorial e espalhada pelos estádios a chamada policia politica, primeiro com o nome de PIDE e depois DGS.

Mas não bastava apoiar essas equipas quase por decreto era sim necessário criar dentro delas imitações de deuses, então fez-se aquilo que era impensável, tiraram-se jogadores de equipas da Província com contratos e puseram-nos a jogar na equipa do Estado Novo, quando era o contrário era multado e avisado o clube e o jogador posto na prateleira ou seja era recusado por todos os clubes.

Criaram-se reis e rainhas, roubaram-se títulos e falsificaram-se jogos tudo com a conivência do governo fantoche da altura e tudo para que a fome de uns, a opulência de outros e uma guerra colonial que se agudizava passasse em branco.
Era mais importante dar a ver um jogo de futebol que a miséria que era uma certeza na nossa sociedade.

Vem a democracia e os clubes dos 6 milhões e o seu vizinho entram em crise, já não tinham o dinheiro do estado que era nosso, já não tinha a lei a proteger as suas irregularidades, mas tinham quase toda uma nação a apoiá-los.

Surge um homem no Norte que começa a contestar porque afinal éramos uma pais democrático e uma zona do país passa da tristeza á alegria de ver ser feita justiça e a partir daí, o Futebol Clube do Porto e outros começam a bater o pé ás equipas da segunda circular e a tirar-lhe e muito bem, desde que merecidos o brilho e os títulos que antes eram ganhos com a facilidade de esfregar os olhos.

Eusébios e outros, caiam, tinham pés de barro, hoje felizmente vêmo-los como símbolos de um regime corrupto, cheios de traça e de hipocrisia, são tão tristes que hoje beijam o cu à águia ou lambem os tomates ao leão, para se manterem actuais, podem-no fazer, não podemos é sermos encharcados com campanhas de intoxicação.

Vem isto para justificar as declarações de Pinto da Costa na passada sexta feira, eu esperava-as, todos os portistas as esperavam, se calasse consentia, não calou e avisou a navegação que há rochas no mar que podem fazer naufragar alguns clubes no mar da podridão, os tempos são outros os métodos são os mesmos mas mais refinados e cabe a Pinto da Costa denunciá-los.

Aos senhores Veiga e Vieira, Pinto da Costa não tem de provar nada, o que provou faz dele o melhor dirigente desportivo deste País democrático e talvez do Mundo.
Para se ter sucesso é preciso lutar e não esperar que as vitórias venham ter connosco.

Gostava de saber qual o papel de Veiga no desporto e no futebol em geral.
Gostava de saber como pode Veiga ser patrão do Estoril e ao mesmo tempo director do slb.
Gostava de saber o passado de Vieira nos negócios.
Gostava de saber do seu passado como anti-slb.
Gostava de saber porque é que de aliado e amigo de PdC passou a seu inimigo.
Gostava de saber o porquê da obsessão de Fífias da Cunha, para com o sistema se foi o seu clube um dos beneficiados pelo mesmo.
Gostava de saber porque é que se zangou com o PdC, foi por causa do futebol ou por causa de saias?
Gostava de saber porque é que ganhar as eleições na Liga era mais importante que renovar e contratar jogadores para o slb.

Gostava de saber o que fez com que um teso (Veiga), passasse a ser um rico traste.

Gostava de saber o papel de Fernando Gomes no desporto e o porquê das sua aliança a determinados senhores.

Enfim gostava de saber muitas coisas, umas já sei, as outras estão no segredo dos deuses e nunca se vai saber.

A ver vamos.

Até lá espera-se que as vitórias, os empates e as derrotas, sejam merecidas e não com ajudas exteriores, no fim que ganhe o melhor .

VJ

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