sábado, maio 31, 2008

EURO 2008

Acredito que quem esteja fora de Portugal, a saudade toma lugar nos corações e sintam orgulho no seu País e na sua Selecção.

Eu nunca tive espirito da aventura e o apoio á Selecção de Futebol fui deixando de o dar a partir do momento em que reparei que os eventos desportivos onde elas se inserem é uma montra de vaidades onde se pensa em tudo menos em jogar.

No Euro 2008, vou ver possivelmente o Cristiano Ronaldo mais preocupado se vai para o Real Madrid ou se fica no Manchester, vou ver o Quaresma mais preocupado em se mostrar para piscar o olho às grandes equipas Europeias do que provar em campo que é o maior. Vou ver o Nani armado em estrela a prejudicar a equipa, vou ver uma aposta em jogadores sem pernas como o Petit, vou talvez ver mais uma vez os erros de Scolari na constituição das equipas e vou ver o chauvinismo de Madail.

Enfim vou ver a selecção jogar, mas vou ser isento e tanto se me dá que ganhem ou percam, porque eu não posso fazer nada contra o que se passa na selecção, depois do Euro 2004 em que não aproveitamos o factor casa, vamos concerteza a ser a selecção dos craques, mas sem espirito de equipa.

VJ

AINDA A SUSPENÇÃO DE PINTO DA COSTA

Catedrático de Coimbra arrasa suspensão de Pinto da Costa


Em causa está o caso em que Pinto da Costa foi condenado a dois anos de suspensão pela Comissão Disciplinar da Liga (CD), no âmbito do processo Apito Final.
O JN teve acesso a um dos quatro pareceres pedidos pelos portistas a alguns dos mais conceituados especialistas jurídicos portugueses, assinado por Manuel da Costa Andrade, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, concluindo-se que a estratégia dos dragões para conseguir a absolvição do presidente da SAD assenta em três aspectos fundamentais: a impossibilidade de utilização de escutas telefónicas num processo disciplinar desportivo; a falta de credibilidade das declarações de Carolina Salgado, num contexto de comprometimento com a perseguição ao arguido;a fragilidade do acordão da CD da Liga que serviu para condenar Pinto da Costa.
Ricardo Costa, presidente da CD e professor assistente na mesma Faculdade em que Manuel da Costa Andrade é catedrático, é especialmente visado no parecer, acusado de ter condenado o presidente do F. C. Porto "sem provas susceptíveis de sustentar, no respeito pelos princípios constitucionais do princípio 'in dubio pro reu', a imputação ao arguido de qualquer facto ilícito, disciplinar ou outro".
As críticas a Ricardo Costa são particularmente duras, entendendo-se no parecer que o acordão da Liga valorou o princípio da presunção de culpa, e não o da presunção de inocência. "Na certeza de que julgar é um exigente exercício de renúncia e despojamento e não a gratificante e narcisista exibição de troféus de caça, sob os holofotes a aureolar um inebriante e 'inesquecível' momento de glória", escreve Manuel da Costa Andrade, referindo-se à conferencia de imprensa em que o presidente da CD da Liga anunciou a condenação de Pinto da Costa. "Já causa mais angústia e quase arrepio a serenidade autocomplacente com que se argumenta que os arguidos não podem negar a existência das conversas interceptadas. Para evitar lastros desproporcionados de hipérbole, limitar-nos-emos ao mínimo
.
E a lembrar que aí está uma afirmação que os Torquemadas da Inquisição não desdenhariam. Também eles fizeram história (triste) sobre a tranquilidade e a serenidade de que os acusados, afinal, não podem negar a existência das conversas", acrescenta o catedrático, num ataque cerrado a Ricardo Costa.
Este parecer, já enviado ao Conselho de Justiça da FPF, juntamente com outro assinado por Damião Cunha, professor de Direito do Processo Penal da Faculdade de Direito do Porto, a que se juntarão mais dois a enviar nos próximos dias, pretende desmontar o acordão, argumentando que, sem a possibilidade de utilização de escutas, restavam à CD as declarações de Carolina Salgado para chegar a uma condenação de Pinto da Costa.
Relativamente à impossibilidade de utilização das escutas telefónicas, Manuel da Costa Andrade escreve que o processo disciplinar da Liga "consegue pela porta de trás o que a Constituição lhe veda pela porta da frente, subvertendo o direito processual penal, degradando-o de um ordenamento preordenado à protecção de direitos fundamentais, num entreposto de contrabando de escutas para o processo disciplinar, e fugindo à vigilância da Constituição da República".
Sobre Carolina Salgado, lê-se no parecer que "não tendo esse depoimento sido controlado pela defesa nem corroborado por outras provas, a sua credibilidade é nula.
A sua valoração seria ilegal e inconstitucional". "Retiradas as escutas, todo o edifício probatório da CD fica suspenso e preso pelo fio das declarações de Carolina Salgado. Um fio, por sua vez, muito ténue, mesmo irrelevante, sobretudo se desguarnecido da indispensável corroboração que só as excutas poderiam assegurar", diz o catedrático.


In JN de 31/05/2008



Mais do que a Justiça, alguns vendidos estão cegos, falta saber quem os cegou ou quem lhes prometeu o céu para condenar o Futebol Clube do Porto e o seu Presidente Pinto da Costa.

VJ

PORQUE NÃO NACIONALIZAR?



Se o mercado não consegue disciplinar os preços, os lucros nem o selvático prendar dos recursos empresariais com os vencimentos multimilionários dos executivos, então por que não nacionalizar os petróleos e tentar outros modelos?
Quem proferiu este revolucionário comentário foi Maxine Waters, Democrata da Califórnia, durante o inquérito conduzido pelo Congresso, em Washington, às cinco maiores petrolíferas americanas.
Face à escalada socialmente suicidária dos preços dos combustíveis, o órgão legislativo americano convocou os presidentes para saber que lucros tinham tido e que rendimentos é que pessoalmente cada um deles auferia. Os números revelados deixaram os senadores da Comissão de Energia e Comércio boquiabertos. Desde os 40 mil milhões de dólares de lucro da Exxon no ano passado, ao milhão de euros mensais do ordenado base do chefe Executivo da Conoco-Phillips, às cifras igualmente astronómicas da Chevron, da Shell e da BP América. Esta constatação do falhanço calamitoso do mecanismo comercial, quando encarada no caso português, ainda é mais gritante. Digam o que disserem, o que se está a passar aqui nada tem a ver com as leis de oferta e procura e tem tudo a ver com a ausência de mercado onde esses princípios pudessem funcionar. Se na América há cinco grandes empresas que ainda forçam o mercado a ter preços diferentes, em Portugal há uma única que compra, refina, distribui e vende.
É altura de fazer a pergunta de Maxine Waters, traduzindo-a para português corrente. Se o país nada ganhou com a privatização da Galp e se estamos a ser destruídos como nação pela desalmada política de preços que a única refinadora nacional pratica, porquê insistir neste modelo?
Enunciemos a mesma pergunta noutros termos - Quem é que tem vindo sistematicamente a ganhar nestes nove anos de privatização da Galp, que alienaram um bem que já foi exclusivamente público?
Os espanhóis da Iberdrola, os italianos da ENI e os parceiros da Amorim Energia certamente que sim. O consumidor português garantidamente que não.

Perdeu ontem, perde hoje e vai perder mais amanhã. Mas levemos a questão mais longe houve algum ganho de eficiência ou produtividade real que se reflectisse no bem-estar nacional com esta alienação da petrolífera? A resposta é angustiantemente negativa. A dívida pública ainda lá está, maior do que nunca, e o preço dos combustíveis em Portugal é, de facto, o pior da Europa. Nesta fase já não interessa questionar se o que estamos a pagar em excesso na bomba se deve ao que os executivos da Galp ganham, ou se compram mal o petróleo que refinam ou se estão a distribuir dividendos a prestamistas que exigem aos executivos o seu constante "quinhão de carne" à custa do que já falta em casa de muitos portugueses. Nesta fase, é um desígnio nacional exigir ao Governo que as centenas de milhões de lucros declarados pela Galp Energia entrem na formação de preços ao consumidor. Se o modelo falhou, por que não nacionalizar como sugeriu a congressista Waters? Aqui nacionalizar não seria uma atitude ideológica.Seria, antes, um recurso de sobrevivência, porque é um absurdo viver nesta ilusão de que temos um mercado aberto com um único fornecedor. Se o Governo de Sócrates insiste agora num purismo incongruente para o Serviço Nacional Saúde, correndo com os existentes players privados e bloqueando a entrada de novos agentes, por que é que mantém este anacronismo bizarro na distribuição de um bem que é tão essencial como o pão ou a água? Como alguém já disse, o melhor negócio do Mundo é uma petrolífera bem gerida, o segundo melhor é uma petrolífera mal gerida. Na verdade, o negócio dos petróleos em Portugal, pelas cotações, continua a ser bom. Só que o país está exangue. Há fome em Portugal e vai haver mais. O negócio, esse, vai de vento em popa para o Conselho de Administração da Galp, para os accionistas, para Hugo Chávez e José Eduardo dos Santos.
Mas para mais ninguém. A maioria de nós vive demasiado longe da fronteira espanhola para se poder ir lá abastecer.

Mário Crespo escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras

domingo, maio 25, 2008

SURPRESA OU NÃO?


Ministro da Economia recusa intervenção nos preços dos combustíveis.


Concerteza, senão como iam mamar?


Mais um Socialista de meia tijela.


VJ

domingo, maio 18, 2008

REVISÃO DO CÓDIGO DE TRABALHO

Todos sabemos concerteza que por essa Europa fora o código de trabalho muda de País para País consoante a sua cultura e os seus costumes e também de acordo com a força dos sindicatos.

De á uns anos para cá os patrões portugueses, normalmente os ligados ao grande capital, partidos da direita PSD e CDS têm feito força no sentido de alterar as leis do trabalho em desfavor do trabalhador português.

Tem-se visto com mais frequência empresas cujos patrões empregam trabalhadores a custos baixíssimos, não pagando os impostos a que são obrigados sem que os governos tomem medidas no sentido de contrariar esta situação.

Tem-se visto cada vez mais empregos precários e a falta deles.

Não me convenço que os patrões não precisem de trabalhadores o que eles fazem e fazem-no bem é terem empregados tipo escravos ou então salários baixos, tão baixos que muitas das vezes obrigam os seus empregados a viverem vidas miseráveis e são cada vez mais.

Eu não estou de acordo com esta alteração e nem posso estar, porque no meio destas alterações todas o prejudicado será sempre o trabalhador, aquele que cria, aquele que produz, aquele que no processo é o mais sacrificado.

Acreditaria nesta revisão se os patrões fossem humanos e olhassem para os seus empregados como parceiros e não como números.

Acredito que tudo nos vais levar a uma situação difícil de conter, com a globalização da riqueza vai-se contrapor a revolução global e nem sequer vai ser comunista, socialista ou liberal, mas sim da força do trabalho contra a força dos oportunistas.

Eu sou a favor na não revisão e nem preciso de ser comunista, basta-me ser trabalhador.

Aqui em Portugal a revisão do código do trabalho é vista como mais uma cedência de Sócrates às associações patronais e ao grande capital. Que os trabalhadores não se deixem encarneirar com festas e falsas promessas.

VJ

AFINAL PORQUE TANTA BAJULAÇÃO PELA COMUNICAÇÃO SOCIAL?

Vítor Baía

Curiosidades

É o detentor do 5º melhor registo de imbatibilidade de sempre da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol.
Foi o 1º jogador português a atingir as 75 internacionalizações (16 de Agosto de 2000).
Em 2004, obtém o Recorde de 1192 minutos sem sofrer golos no Campeonato Nacional.
Conquistou 10 campeonatos nacionais de séniores.
É atribuída a designação de futebolista com mais títulos, na história do futebol mundial, alcançados na sua longa carreira: 32. Pelé e Rijkaard são os que se seguem, com 25 títulos.
Na cápsula do tempo enterrada pela UEFA aquando do seu jubileu de ouro em 2004, foi colocado um par de luvas de Vítor Baía.
Tem uma fundação em seu nome: a Fundação Vítor Baía 99. 99 é o número que ostenta nas costas desde que voltou ao FC Porto.
Em 11 de Novembro de 2005, lançou a sua autobiografia.
Dados da Carreira
1988 - 1997 - FC Porto
1997 - 1999 - FC Barcelona
1999 - 2007 - FC Porto
Estreia no Campeonato Nacional
11/09/89: V.Guimarães 1 - 1 FC Porto
Estreia nas Competições Europeias
13/09/89: FC Porto 2 - 0 Flacari Moreini
Estreia na Selecção Nacional
19/12/90: Portugal 1 - 0 EUA
Totais no FC Porto
Títulos: 26
Épocas: 16
Jogos: 406
Totais de Carreira
Títulos: 32
Épocas: 18
Jogos: 525
Prémios Individuais
1988/89 - Troféu "Foot-Reuch": Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
1989 - Troféu Jornal "Record": Revelação do Ano
1989 - Dragão de Ouro: Futebolista do Ano
1989 - Futebolista do Ano da CNID
1989/90 - Melhor Jogador Hummel
1989/90 - Prémio Regularidade do Jornal "A Bola"
1990 - Prémio Trevo de Ouro: Adidas
1990 - Melhor Jogador do Torneio Phillips Cup
1990/91 - Troféu "Foot-Reuch": Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
1991 - Futebolista do Ano da CNID
1991 - Prémio Gandula para Melhor Guarda-Redes
1991/92 - Troféu Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
1991/92 - Troféu Jornal "Público": Melhor Jogador do Ano
1992 - Prémio Gandula para Melhor Guarda-Redes
1992 - Troféu Jornal "Record" - Melhor Guarda-Redes do Ano
1992/93 - Troféu jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
1993 - Melhor Futebolista do Torneio Centenário do FC Porto
1993 - Prémio Gandula para Melhor Guarda-Redes
1993 - Prémio Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
1993 - Melhor Guarda-Redes do Mundo: Jornal L´Equipe
1993/94 - Troféu Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
1994/95 - Guarda-Redes mais valioso do Campeonato Nacional
1994/95 - Guarda-Redes do Ano da "European Sports Magazine"
1996 - Fase Final do EURO 96
1996 - Troféu Jornal "Record": Melhor Jogador do Ano
1996/97 - Troféu Jornal "A Marca": Melhor Guarda-Redes do Ano
2000 - Fase Final do Euro 2000
2002 - Fase Final do Campeonato do Mundo 2002
2002 - Figura Nacional do Ano na III Gala Nacional do Desporto
2003 - Prémio Carreira na Gala de Desporto em Gaia
2004 - Prémio UEFA "Best Goalkeeper 2003/04": Melhor Guarda-Redes da Europa
2004 - Medalha de Mérito Desportivo
2004/05 - Melhor Guarda-Redes do Campeonato Nacional
2004/05 - Troféu Jornal "Público": Melhor Guarda-Redes do Ano
2004/05 - Troféu Carreira da Superliga / Jornal Notícias
Palmarés
10 Campeonatos Nacionais (Portugal): época 89/90, 91/92, 92/93, 94/95, 95/96, 98/99, 02/03, 03/04, 05/06 e 06/07
5 Taças de Portugal (Portugal): 90/91, 93/94, 99/2000, 02/03 e 05/06
8 Supertaças Cândido de Oliveira (Portugal): 90/91, 91/92, 93/94, 94/95, 99/00, 02/03, 03/04, 05/06
2 Taça do Rei (Espanha): 96/97 e 97/98
1 Liga (Espanha): 97/98
1 Supertaça de Espanha: 97/98
1 Taça das Taças (UEFA): 96/97
1 Supertaça Europeia (UEFA): 97/98
1 Taça UEFA (UEFA): 02/03
1 Liga dos Campeões (UEFA): 03/04
1 Taça Intercontinental (FIFA): 04/05
Vítor Baía, cada vez mais o mais titulado do planetaTOTAL: 32 Títulos!

VS

Rui Costa

Clubes
Sport Lisboa e Benfica:
Taça de Portugal,
Primeira Liga
Fiorentina
2 Copa da Itália
AC Milan
Copa da Itália
Supercopa da Itália
Campeonato Italiano
Liga dos Campeões
Supercopa Européia
Títulos
UEFA Champions League (2003)
Supertaça Europeia (2003)
Serie A Italiana(2004)
Supertaça Italiana (1996)
Campeonato da primeira divisão de Portugal (1994)
Taça de Portugal (1993)
Taça de Itália (1996,2001,2003)
Vencedor do campeonato do mundo sub-21 (1991)
Quartos de Final Euro 1996
Semi Finalista Euro 2000
Convocado para o Campeonato mundial de futebol de 2002
Finalista Vencido Euro 2004

É este o palmarés do grande Maestro...

sexta-feira, maio 16, 2008

INCÓGNITO, MAS SÉRIO

Eu não sou portista mas tal facto não me impede de encarar os factos com seriedade e de os tratar como tal; factos e não convicções. Presentemente tenho que confessar que já não consigo calar a minha revolta e estupefacção pelo momento que atravessa Portugal. Assistimos, neste momento, ao assassinato social de uma personagem pública, em absoluto frenesim mediático e perante o gozo, finalmente alforrio, de três quartos do país. Pinto da Costa é o seu nome e atrás dele arrasta-se pelo chão o nome do clube a que ele preside - o Futebol Clube do Porto.
Na entrega dos Globos de Ouro, onde o Jesualdo Ferreira recebeu o galardão de treinador do ano, as vaias e apupos que se ergueram só não foram mais explícitas na transmissão televisiva por causa das palmas pré-gravadas; esta reacção fez-me corar de vergonha como se tivesse sido eu o alvo. Perante a audiência das elites mediáticas sufragou-se o nojo do país portal clube e presidente. No dia seguinte a um outro espectáculo mediático, este o da leitura da sentença da Liga de Clubes, publicaram-se notícias sobre a perda de sigilo bancário de Pinto da Costa em relação a contas de empresas suas, vítimas de denúncias de Carolina Salgado. Quando o inimigo cai no lodo não se deve cometer o erro estratégico de o deixar levantar; as solas das botas servem para alguma coisa.
Mas afinal qual a causa que levou, finalmente, à condenação, não dos tribunais – que estes são o que sabemos – mas em sede da opinião publica (desportiva?), do homem por causa de quem foi formada a segunda equipa especial de investigação do Ministério Público em toda a história da terceira república em Portugal. Antes desta só uma foi criada e foi-o para investigar um outro fenómeno de "proporções equivalentes": as FP 25 de Abril.
O que está aqui em causa não é se ele é corrupto ou não. Eu disso não sei e se o for não sei se é muito diferente dos que o perseguem, inclusive dos que dirigem o meu clube. O que está aqui em causa são duas acusações específicas, ocorridas numa determinada data, envolvendo determinadas pessoas. Acusações que são o corolário de anos de investigação por parte da maiscara e mais "independente" equipa de investigação em Portugal e que continuamos a pagar como se não houvesse problemas mais graves a resolver neste pais. Por mais que alguns queiram, não se trata de absolutamente mais nada.
Todos os que comentam este caso confessam, em privado ou na televisão, o seu desconhecimento do processo, mas no entanto louvam a coragem da condenação. Como é possível? Que estado de loucura é que nos atingiu?
De certeza que não é por causa das escutas telefónicas que Pinto da Costa será condenado, porque se for, não se compreende por que é que as escutas que mostram Luís FilipeVieira, João Rodrigues e Veiga a escolher árbitro e pedir favores, e que foram publicados nos mesmos jornais, não deram origem a processos.
De certeza que não é por causa do testemunho de Carolina, porque em qualquer parte do mundo ela não seria considerada uma testemunha credível. Não por causa do seu passado de alterne, mas porque é uma companheira desavinda e com pronunciada e notória intenção de denegrir o antigo companheiro. Para além disso nunca conseguiu apresentar qualquer prova do que afirmou, exibindo apenas testemunhos contraditórios. E testemunhos valem o que valem.Todos podemos dizer mal ou bem de quem nos apetecer.
Pinto da Costa é condenado porque existe uma generalizada convicção de culpa. De que é corrupto e que arquitecta os resultados do clube a que preside à mais de vinte e cinco anos eque portanto este não os merece e que lhes deviam ser retirados. Esta convicção continua a ser uma convicção e não uma certeza, depois do falhanço da toda-poderosa equipa de Morgado em apurar factos novos e emancipados da Carolina. Neste momento a equipa da eminente magistrada investiga transferências de jogadores do FCP e mais recentemente empresas de Pinto da Costa para apurar fugas ao fisco. Tudo com base nas informações de Carolina. Já não se trata de futebol. É a procura de um ponto fraco, do calcanhar de Aquiles. Trata-se de um inimigo que urge abater a qualquer custo. Se doer melhor. Eu nisto não me revejo.
E quem possui, então, esta convicção tão forte que até se confunde com uma certeza? Esta convicção que desmobiliza qualquer interesse sobre aspectos legais ou morais e apenas direcciona para o pelourinho. Os adeptos do Porto não a têm, claro. Têm-na os adeptos dos seus dois clubes realmente rivais, os quais constituem perto de três quartos dos adeptos em Portugal.
E como é possível que massas tão colossais de pessoas tenham crenças tão parecidas ou tão diferentes?
A explicação não me parece difícil. Todos se lembram do campeonato ganho pelo Sporting em 1999/2000? Pois o Sporting chegou ao último jogo com dois pontos de vantagem sobre o Porto, depois de o segundo ter sido"roubado" de uma forma – mesmo eu tenho que admitir - inacreditável, por Bruno Paixão em Campomaior. Os meus amigos portistas ficaram cabalmente convencidos da corrupção desse campeonato que lhes roubou o "Hexa". No ano seguinte o mundo do futebol escandalizou-se com a benevolência com que o "sistema" permitiu ao Boavista molhar a sopa em praticamente todos os relvados do país, deixando uma esteira de mortos e feridos nas fileiras adversárias. Em 2001/2002 o Sporting ganhou um campeonato em que os adeptos contrários se indignaram como número de jogos resolvidos com penaltis. As suspeitas foram como de costume descomunais.
Em 2004/2005 o Benfica arrecadou um campeonato invulgar, pisando com pezinhos de lã o que se convencionou chamar de "passadeira vermelha". Mais uma vez foi grande e generalizada a revolta e a suspeita.
Ora, este curto parágrafo contém a descrição de todas os campeonatos ganhos por equipas adversárias do Porto desde 1994 e isto é que constitui o cerne do problema. Basta aplicar a fórmula explicada em cima para se perceber o porquê do ódio ao Porto e da convicção,por parte dos adversários, da sua culpa e da do seu presidente que tem permanecido o mesmo.
Neste país ninguém ganha por merecimento. Tudo ganha na batota. Ganhasse o Porto dois campeonatos por década e era um clube simpático e o presidente um tipo culto que até declama poesia, passe a pronúncia.
É claro que existe corrupção no futebol. Ninguém é ingénuo. No futebol e na politica,nas modalidades amadoras e sociedades recreativas. A corrupção existe onde existem interesses. Nas mesas de café, por entre cervejas e tremoços, os amigos e conhecidos repartem amigavelmente estas histórias e convencimentos, riem-se do golo que marcaram com a mão e ofendem-se com a vista grossa feita à bola que bateu em pelo menos 15% do ombro e portanto deveria ser penalti.
Falta apenas o catalisador de todas estas energias, positivas e negativas e os catalisadores são os media. No momento em que escrevo este texto não sei quantas pessoas o vão ler, mas se o fizer na televisão sei que vai ser escutado por milhões. Os dirigentes dos clubes que não ganham o suficiente, ou então velhas comadres desavindas, extravasam os seus ódios e dissimulações nos meios de comunicação e catalisam todas as frustrações dos adeptos que conduzem da mesma forma que os políticos gerem os povos nos comícios e mesas de voto.
Temo que o processo tenha ido longe demais e apenas a justiça civil tenha oportunidadede repor o estado de direito que permanece na aparência mas que foi suspenso de facto. Nesta sociedade, quem acusa tem que provar, não o contrário. Nesta sociedade, perante a justiça, causas iguais originam processos iguais. Não pode haver descriminação. Não pode haver perseguição.
Aquilo que está aqui em causa é apenas demonstrar se os dois acontecimentos de que Pinto da Costa é acusado são provados ou não. O resto é política, mediatismo ou clubite. Quando a chacina de uma pessoa por causa de campeonatos ou outra coisa tão mesquinha como esta, é permitida - gostemos da pessoa ou não da pessoa, e eu não gosto - mais vale mudarmos de vida. No fim, o trago será sempre amargo. Assim não vale a pena.

Um olhar de fora


Como não sei o autor não o posso colocar aqui, seja adepto de que clube fôr, tocou no assunto de forma séria o que é de louvar.

VJ

terça-feira, maio 13, 2008

INACREDITÁVEL

Assunto foi comentado durante o voo por empresários que viajavam no mesmo aparelho
Sócrates e Pinho violaram proibição de fumar a bordo do voo de Lisboa para Caracas


13.05.2008 - 13h33 Luciano Alvarez, em Caracas

O primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo violaram a proibição de fumar no voo fretado da TAP que ligou Portugal e Venezula e que chegou às cinco horas da manhã de ontem a Caracas (hora de Lisboa, 23h30 na capital venezuelana). O assunto foi muito comentado durante o voo por membros da comitiva empresarial que acompanha Sócrates e causou incómodo a algum pessoal de bordo.O supervisor do voo, a segunda autoridade a bordo logo após o comandante, disse não ter dúvidas de que era proibido fumar a bordo e, embaraçado, falou em “situações de excepção”. Um assessor do primeiro-ministro disse que “é costume” e que as pessoas [que iam a bordo] “não se importaram”.O Airbus A 330 da TAP saiu de Lisboa às 21h00 de segunda-feira. O filme de segurança foi claro a explicar que aquele era um voo de não-fumadores, as luzes de proibição de fumar mantiveram-se acesas durante todo o percurso de oito horas e no folheto de segurança era também claro e explicado em letras garrafais a proibição.Pelas 23h00, servida a refeição, alguns membros do gabinete do primeiro-ministro, que seguiam na traseira do avião, onde estavam também os jornalistas, começaram a dirigir-se para a frente da aeronave com maços de tabaco na mão. Falavam entre si no facto de “já se poder fumar”.O local escolhido era a zona de serviço de pessoal de bordo, na parte da frente do avião que dividia a classe executiva, onde seguia o primeiro-ministro, os ministros e os secretários de Estado, da classe económica. Uma cortina junto à porta de emergência escondia os fumadores dos restantes passageiros. No local o cheiro a fumo era intenso. Um membro do pessoal de bordo aconselhava os fumadores a levarem copos com água para apagar os cigarros.Atrás das cortinasEmbora escondidos atrás da cortina, os empresários que seguiam mais à frente podiam ver tudo. Pelas 23h30 foi a vez do próprio primeiro-ministro se esconder atrás da cortina e acender um cigarro. Voltaria lá mais uma vez, como o PÚBLICO pode ver, cerca de meia hora mais tarde. Entre alguns dos empresários ouvia-se em surdina frases de espanto e de critica. “O primeiro-ministro que restrigiu e bem o fumo em Portugal devia dar o exemplo. Isto é uma pouca vergonha”, disse ao PÚBLICO, ao abrigo do anonimato, um dos empresários que se mostrava mais agastado com a situação, explicando que estava ali “para tentar fazer negócios e não arranjar problemas”.Com o avançar da noite as coisas acalmaram junto à “zona de fumo”. Pelas duas da madrugada o primeiro-ministro, membros do seu "staff" e alguns empresários reuniram-se em conversa junto à “zona” fumo, apesar de nesse momento e durante cerca de uma hora estarem acesas as luzes de obrigatoriedade de os passageiros se encontarem sentados e com os cinto de segurança apertados. Nessa altura, alguns já nem se escondiam atrás da cortina para fumar. Pelas 3h05 o próprio primeiro-ministro, que nesse momento falava com alguns gestores da industria farmacêutica, acendeu um cigarro à frente de todos, desta vez também sem se esconder atrás da cortina.João Raio, supervisor do voo TAP, contactado pelo PÚBLICO ainda durante o voo, começou por dizer que aquele era “um voo fretado” e que “às vezes” aquelas situaçõs aconteciam. Questionado pelo PÚBLICO se era ou não proibido disse não ter dúvidas que era. “Às vezes há estas situações de excepção”. Contou então como as coisas aconteceram. “Algumas horas depois de o voo ter partido o ministro Manuel Pinho foi fumar. Ninguém me tinha perguntado se se podia ou não fumar. Fui falar com o comandante que não gostou da situação, mas que disse para arrranjar uma zona para fumar, se não ainda acabariam a fumar no 'cockpit'”.Repetiu depois que nem ele não o comandante tinham dúvidas de que era proibido e revelou saber que já em outras ocasiões o primeiro-ministro tinha fumado em voos TAP: “Acho que até já li nos jornais.” Alguns jornalistas que habitualmente acompanham as viagens do primeiro-ministro confirmaram ao PÚBLICO que já não é a primeira vez que José Sócrates fuma nos voos.Já em Caracas, o PÚBLICO confrontou Luís Bernardo, assessor do primeiro-ministro que acompanhou a viagem, sobre o facto e sobre as criticas que alguns empresários fizeram. “Já é costume. Já aconteceu em outras viagens. Ouvimos as pessoas que não se importaram”, afirmou. O PÚBLICO não viu, nem ouviu em nenhuma ocasião durante as oito horas de voo algum membro do gabinete do primeiro-ministro questionar fosse quem fosse sobre a possibilidade de se fumar a bordo, num voo onde foi sempre claro que tal era proibido.

O PÚBLICO viaja num avião fretado pelo gabinete do primeiro-ministro.

Gratidão e união



"Quero partilhar este prémio com o FC Porto, em especial ao meu Presidente, que me deu a possibilidade de chegar ao sucesso. Quero partilhá-lo também com a minha equipa técnica, com a minha equipa médica e com todos os profissionais que enquadram a estrutura do FC Porto. Por fim, partilhá-lo com os meus jogadores, foram bravos, foram brilhantes, foram fantásticos, porque nós no FC Porto aprendemos que ninguem ganha sozinho."


Jesualdo Ferreira, Globos de Ouro, SIC

segunda-feira, maio 12, 2008

Memória e coragem

Gosto de ler os artigos deste jornalísta, parece-me ser justo e ter visão sobre a situação dos Apitos.

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A época 2003/04 terminou há quatro anos. Não foi exactamente ontem - ainda que o desfecho tenha sido semelhante - mas também não foi há uma eternidade. Não foi certamente há tempo suficiente para que seja possível esquecer a forma clara e indiscutível como o FC Porto venceu o campeonato, com a mesma formação que acabaria por se sagrar campeã europeia e mundial e que ainda forneceria à Selecção Nacional a base sobre a qual Scolari construiria a equipa que discutiu o título europeu com a Grécia. Mourinho, Vítor Baía, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Costa, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Deco, Alenitchev, Derlei e McCarthy nunca precisaram de batota para ganhar e muito menos para empatar, por muito que muitos queiram acreditar no contrário.
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Há quem considere que o presidente da Comissão Disciplinar da Liga, Ricardo Costa, foi extremamente corajoso ao sancionar severa e exemplarmente o FC Porto e o Boavista no âmbito do processo Apito Final. Discordo. No ambiente actual, corajoso seria fazer o contrário. Bastaria fazer o exercício de contar o número de opiniões favoráveis à posição da CD da Liga e virá-las do avesso para perceber o que esperaria Ricardo Costa se tivesse a coragem de decidir de forma diferente. Aliás, algumas dessas opiniões vão mais longe, avisando o Conselho de Justiça da FPF de que é fundamental não recuar. De facto, seria preciso muita coragem para o fazer…

Jorge Maia in O Jogo

domingo, maio 04, 2008

DEPOIS DA BONANÇA A POBREZA
















É verdade que o FCP já é Tricampeão á muitas jornadas, é verdade que é quase impossível evitar a descompressão da equipa e é bem verdade que depois de um jogo como o de Guimarães os jogadores convenceram-se que eram os maiores, que até nem precisavam de jogar para ganharem, bastava olharem para a bola, claro que isto são ideias de merda.

HELTON- Fez o que pôde e o que não pôde, nada culpado com a derrota.

BOSINGWA- Está na lua desde que a prioridade é a possível transferência para um clube europeu. É cínico, é molengão, joga quando lhe apetece, decididamente a médio é uma valente merda, a defesa direito mesmo com todos os defeitos fez falta naquele lugar. Em suma se derem os 15 ou 20 M€, deixem-no ir, todos os jogadores que saíram do FCP como ele vai sair, estão arrumados na prateleira, ou andam a saltar de clube para clube.

PEDRO EMANUEL- É um valente com 33 ou 34 anos e não pode fazer tudo, cortou o que tinha a cortar, compensou onde tinha que compensar, mas de nada valeu, ao Capitão falta-lhe velocidade, jogar com 3 defesas é mau.

BRUNO ALVES- Fez o que tinha a fazer, mas sozinho não suprime as carências da equipa na altura.

LINO- Eu, ainda hoje pergunto o que é que o FCP viu nele para o contratar, não vale nada de cabeça, não ataca e não defende, é esforçado, mas isso não basta numa equipa como o FCP.

LUCHO- O que pode fazer mais do que fez, embora um furo abaixo do que nos habituou, compreendo o cansaço dele.

RAUL MEIRELES- Não gosto deste jogador, dizem que como homem é fixe, educado, amigo de ajudar o próximo, não sei se é assim, mas acredito que tenha bom coração, é esforçado, é lutador, mas pôrra, não existe uma única vez que desarme um adversário sem que logo de imediato passe a bola a outro jogador da equipa adversária.
O seu jogo não me cativa, no entanto tem sido uma mais valia no clube e a sua prestação ontem foi má e nem o sacrifício de ter sido por breve tempo defesa esquerdo limpou a imagem que deixou ficar.

PAULO ASSUNÇÃO- Habituou-nos ao melhor dele e agora não foi o jogador dinâmico a que nos acostumou, julgo que os boatos ou não de que estava de saída para o Fiorentina ou para os lampiões têm desgastado a sua performance como jogador se sair, xau até sempre, se não sair espero que estabilize.

QUARESMA- É um criativo e como criativo tem de ter liberdade de movimentos, ontem mais uma vez foi assobiado indevidamente por algumas bestas, porque para mim correu, foi ajudar na defesa, fez assistências que podiam ter dado golo, enfim ontem portou-se bem e porta-se bem melhor quando joga para a equipa.
Eu acredito que ele seja inteligente, depois da equipa estar a ganhar que possa mostrar os seus dotes acho bem, mas até aí, espera-se uma atitude séria, senão o verdadeiro prejudicado é o Clube.

MARIANO- Não foi por causa dele que perdemos, mas agrada-me mais a hipótese do banco e entrar quando se pensar em refrescar a equipa. É dos jogadores que mais evoluiu, mas precisa de evoluir mais, teve bons apontamentos.

LISANDRO- Faltou-lhe o golo, esforçado, raçudo, mas nada a fazer.

JESUALDO FERREIRA- Para mim o verdadeiro culpado, foi ele quem matou o jogo, tinha fucile no banco para a esquerda ou para a direita, mas meteu Lino, depois tira o Mariano para meter o Farias, matou o jogo.
Tirou o Lino para meter o Tarik, coloca o Bosingwa a médio e o Raul a defesa esquerdo, assassinou o jogo, melhorou embora sem remédio quando meteu o Bollati e tirou o Raul Meireles e desceu a central o Paulo Assunção.
Ficou com a equipa sem laterais e foi a hecatombe que se viu.

Se calhar não dava em nada, mas meter o Fucile a defesa esquerdo em vez de Lino, tirar o vaidoso do Bosingwa, colocar o Mariano a fazer o corredor direito e colocar o Tarik em jogo era a melhor aposta e depois era só refrescar a equipa.

Não gosto do Nacional e por isso não digeri bem a derrota, embora a vinte e tal pontos do segundo, fiquei triste.

VJ