segunda-feira, maio 12, 2008

Memória e coragem

Gosto de ler os artigos deste jornalísta, parece-me ser justo e ter visão sobre a situação dos Apitos.

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A época 2003/04 terminou há quatro anos. Não foi exactamente ontem - ainda que o desfecho tenha sido semelhante - mas também não foi há uma eternidade. Não foi certamente há tempo suficiente para que seja possível esquecer a forma clara e indiscutível como o FC Porto venceu o campeonato, com a mesma formação que acabaria por se sagrar campeã europeia e mundial e que ainda forneceria à Selecção Nacional a base sobre a qual Scolari construiria a equipa que discutiu o título europeu com a Grécia. Mourinho, Vítor Baía, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Costa, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Deco, Alenitchev, Derlei e McCarthy nunca precisaram de batota para ganhar e muito menos para empatar, por muito que muitos queiram acreditar no contrário.
2
Há quem considere que o presidente da Comissão Disciplinar da Liga, Ricardo Costa, foi extremamente corajoso ao sancionar severa e exemplarmente o FC Porto e o Boavista no âmbito do processo Apito Final. Discordo. No ambiente actual, corajoso seria fazer o contrário. Bastaria fazer o exercício de contar o número de opiniões favoráveis à posição da CD da Liga e virá-las do avesso para perceber o que esperaria Ricardo Costa se tivesse a coragem de decidir de forma diferente. Aliás, algumas dessas opiniões vão mais longe, avisando o Conselho de Justiça da FPF de que é fundamental não recuar. De facto, seria preciso muita coragem para o fazer…

Jorge Maia in O Jogo

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