segunda-feira, junho 30, 2008

MAIS DO MESMO

Ausência de provas

Cruzando o teor das escutas e dos depoimentos recolhidos, o magistrado concluiu que Carolina Salgado não podia comprovar, ao contrário do que afirmou, que Pinto da Costa e o empresário Araújo tinham conversado telefonicamente sobre a contratação de prostitutas para a equipa de arbitragem do FC Porto-Estrela, liderada por Jacinto Paixão.

Já em fase de instrução, Vítor Baía e Jorge Costa terão confirmado ao JIC que um telefonema do empresário António Araújo a Pinto da Costa no dia do jogo ocorreu cerca das 13h00, quando o dirigente portista se encontrava num hotel, a almoçar com os jogadores. Carolina Salgado tinha dito que a conversa, escutada pela Polícia Judiciária e em que as partes se expressaram em código, teria ocorrido quando Pinto da Costa se encontrava consigo no estádio do clube.

Carolina disse, também, que Pinto da Costa lhe confidenciou, no final da conversa, interpretando o sentido do telefonema, que António Araújo "ia contratar prostitutas para o Jacinto Paixão", árbitro do jogo e co-arguido neste processo. Um telefonema anterior a essa conversa (11h30) e outro posterior (15h00), ambos de Carolina Salgado para Pinto da Costa, confirmam, contudo, que a ex-companheira do dirigente portista não estava junto dele para poder ouvir o alegado relato, nem o escutou via telemóvel.

O processo FC Porto-Estrela foi reaberto pela equipa de Maria José Morgado, depois de ter sido arquivado por falta de provas, na sequência de declarações da ex-companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado, que terá confirmado as suspeitas de corrupção naquele jogo. O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português e na arbitragem, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004 com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.

Lá vai a vaca para o curral

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