sexta-feira, junho 24, 2005

NA FALTA DE FUTEBOL, VAI-SE FALANDO NAS TRISTEZAS DESTE PAÍS




Quando o primeiro ministro Sócrates tomou posse do governo, falou, falou e tornou a falar, nós escutamo-lo serenamente porque era a nossa esperança de que as coisas iam modificar-se para melhor, depois dos erros sistemáticos tanto no governo de Durão Barroso como no desgoverno de Santana Lopes.

Que o PSD errou politicamente é verdade, mas o mais grave foi ter errado socialmente,
colocar pastas de responsabilidade nas mãos dos ministros do PP e estando estes mais virados para os seus bolsos do que para a resolução dos problemas do povo, até porque não sendo este partido virado para as classes exploradas deste País era natural que o fizesse, tanto Barroso como Santana, mataram tudo o que encontravam pela frente e que fosse a favor do trabalhador.

Todos temos de uma forma ou outra sido vítimas da inoperância provocatória dos partidos dos últimos governos em Portugal, mas basta de falar das coisas passadas, vou tentar falar daquilo que nos aflige actualmente.

Não tenho dúvidas nenhumas que os funcionários públicos não têm vida fácil, mas muitas das vezes gozando desse estatuto tudo fazem para olharem só para os seus umbigos, lamento os maus atendimentos nas repartições públicas, lamento o mau serviço prestado pela maioria dos professores, lamento a má protecção prestada pelos agentes da autoridade, assim como alguns dos processos judiciais que neste momento estão na berlinda e que pelo se mediatismo, mais no sentido de prejudicar do que julgar.

Que o governo tenha de emagrecer a despesa publica eu compreendo, mas que seja em tudo e todos os intervenientes na função publica, mas também que ela não seja cega, colocar professores por cunhas e deixar casos difíceis no desemprego é no mínimo escabroso.

Acabar com os lobbies da medicina, da justiça e da economia é premente, o governo deve-se preocupar com estas situações e deixar alguma iniciativa privada nomeadamente os têxteis que á custa dos erros do passado atravessa uma crise extremamente grave, aí não me preocupa muito o papel dos gestores eles tentam fazer o melhor e possivelmente até nem sabem fazê-lo, não estou muito preocupado com o que eles ganham, as benesses que têm, estou preocupado com a gestão principalmente de recursos humanos, nota-se hoje nas empresas um emagrecimento de prestadores de serviços e não só, esquecendo-se muitas das vezes a riqueza que estão a despachar das empresas em favor dos ordenados baixos. Ainda não vi nenhuma das empresas que estando obcecadas pelas rescisões de comum acordo, melhorarem os seus serviços, cada vez vejo mais problemas de produção, problemas de planeamento, problemas nas vendas.

Acredito no Artº. 66 do Decreto Lei 119/99, como resolução pacifica das situações de excesso de trabalhadores que estejam pertos dos 40 anos de descontos para a segurança social e com pelo menos 55 anos de idade, nisso eu tiro o meu chapéu ao governo anterior, não estou de acordo com a suspensão desta lei até porque o governo pouco ou nada é penalizado pela mesma, é de exigir isso sim ás firmas que por cada 2 empregados que vão para essa situação entre pelo menos 1 para os activos das firmas, é tempo de acabarem com a merda da provocação feita pelas firmas dos despedimentos colectivos isso não resolve nada pelo contrário vai provocar mais crise e menos poder de compra para o povo.

Mal do nosso País se para resolver a crise, os seus gestores não encontram outros caminhos que o do desemprego.

Somos um País pequeno por isso além mar não nos têm muito em conta e depois se não há competência para nos representar começamos a ser um barco a meter água, só que o fim é muito perigoso.

Sr. Primeiro Ministro corte nas despesas públicas, corte nos ordenados dos ministros e dos gestores públicos, corte nas reformas dos políticos, deixe-se de dar mamas a políticos corruptos ou incompetentes, obrigue os tribunais a trabalharem e deixarem-se de 2 ou 3 meses de férias anuais, obrigue os médicos a operarem e a prestarem melhores serviços aos doentes deste País, obrigue as empresas públicas e privadas a pagarem os seus impostos recorrendo aos inspectores (não aos corruptos) para vigiarem as empresas e as castigarem por perseguirem trabalhadores que ao longo dos anos as enriqueceram e que agora os deitam ao lixo, não pensando nas consequências para eles.

Deixe a lei da pré reforma em paz, só assim evitará mais despedimentos selvagens feitos pelas grandes e pequenas firmas, lembre-se que aos 55 anos os empregados não são velhos na idade, mas são-no pare recomeçar a trabalhar e depois as firmas não vão apostar nelas, vão concerteza apostar em sangue novo, lembre-se que nem todos podem ser ministros ou terem reformas altíssimas, NÓS não queremos nada vosso, mas não nos tirem nada do que é nosso.

Lembre-se Sr. José Sócrates que você e o seu partido estão onde estão, por causa dos erros dos outros e das promessas veladas, mas podem não estar aí muito mais tempo.

VJ

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